segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mártires da Inquisição


JOANA D'ARC (1412 - 1431)

Uma das milhares de vítimas dos autos-de-fé do Santo Ofício. Dizendo-se enviada por Deus, ela desejou e conseguiu, embora parcialmente, livrar sua Pátria, a França, da dominação inglesa. A "heroína da França" não se livrou das mãos dos inquisidores. Por causa de suas ousadas atitudes, foi acusada de feiticeira, sortílega, bruxa, pseudo-profeta, invocadora de espíritos malignos, idólatra maldita e amaldiçoada, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz do País, incitadora de guerras, cruelmente sequiosa de sangue humano, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, mágica, supersticiosa, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, apóstata, cismática e herege. Joana d´Arc, vítima de uma traição, é feita prisioneira e entregue ao Tribunal da Inquisição para julgamento espiritual. O inquérito é comandado pelo Bispo Messire Pierre Cauchon, bispo de Beauvais, a quem coube intermediar o resgate da donzela por dez mil escudos franceses, a fim de ser entregue ao Vigário Geral da Inquisição da Fé no Reino de França. A alegação era a de que, por ela, "Deus tinha sido ofendido sem medida, a Fé excessivamente afrontada, e a Igreja desonrada". O Tribunal da Inquisição funcionava assim: se o réu reconhece a culpa, há esperança de ser reconduzido ao rebanho de Deus, e será condenado à prisão perpétua; se não se retrata, será torturado uma vez. Como a tortura não podia ser renovada, era apenas "interrompida" no caso de desmaio. A nova sessão de tortura seria uma continuação, e não uma nova tortura. Lembremos que o emprego da tortura foi permitido pelo Papa Inocêncio III. Condenada a ser queimada viva como relapsa, herética e feiticeira, Joana d´Arc foi supliciada publicamente na Praça do Mercado Velho, em Rouen (França), em 30 de Maio 1431. Por ato do Papa Bento V, em 1920, a "maldita" donzela foi canonizada. Aos olhos da Igreja Católica ela, agora, é uma santa. Aos olhos de Deus, ela sempre foi uma santa, a Santa Joana d'Arc

terça-feira, 5 de maio de 2009

Index Librorum Prohibitorum



O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm ("Índice dos Livros Proibidos") foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica.


O objectivo desta lista era reagir contra o avanço do protestantismo. Desta forma, a Igreja convocou o Concílio de Trento (1545-1563), a fim de impedir a contaminação pelo protestantismo dos países ainda não atingidos pelo mesmo.
O "Index Librorvm Prohibithorvm" continha uma lista de livros ou de obras que se opusessem a doutrina da Igreja católica e deste modo "prevenir a corrupção dos fiéis". Em certas ocasiões, a proibição de livros prevenia que os católicos questionassem certos pontos de "difícil compreensão" contidos na doutrina da igreja, como, por exemplo, que a igreja e seu corpo clerical eram indispensáveis à salvação dos fiéis, que, como leigos, não saberiam o que fazer para salvar a própria alma.




Lista de livros do censurados pelo Index:






  • Rabelais (CW) Montaigne (Essais)


  • Descartes (Méditations Métaphysiques et 6 autres livres, 1948)


  • La Fontaine (Contes et Nouvelles)


  • Pascal (Pensées)


  • Montesquieu (Lettres Persanes, 1948)


  • Voltaire (Lettres philosophiques; Histoire des croisades; Cantiques des Cantiques),


  • Jean-Jacques Rousseau (Du Contrat Social; La Nouvelle Héloïse)


  • Denis Diderot (CW, Encyclopédie)


  • Helvétius (De l'Esprit; De l'homme, de ses facultés intellectuelles et de son éducation )


  • Casanova (Mémoires)


  • Sade (Justine, Juliette)


  • Mme De Stael (Corinne ou l'Italie)


  • Stendhal (Le Rouge et le noir, 1948),


  • Balzac (CW)


  • Victor Hugo (Notre Dame de Paris; Les misérables jusqu'en 1959)


  • Gustave Flaubert (Mme Bovary; Salammbô)


  • Alexandre Dumas (divers romans)


  • Emile Zola (CW)


  • Maeterlinck (CW)


  • Pierre Larousse (Grand Dictionnaire Universel),


  • Anatole France (prix Nobel en 1921, CW à l'Index en 1922),


  • Andre Gide (prix Nobel, CW à l'Index en 1952)


  • Jean Paul Sartre (Prix Nobel (refusé), CW à l'Index en 1959).

Cinto de Castidade







Instrumento de tortura: Cinto de Castidade
O Cinto de Castidade foi usado algumas vezes para garantir a “fidelidade” aos maridos por um curto período de tempo – um ou dois dias.

Se a mulher o usasse durante mais tempo corria risco de vida em função das infecções causadas por acumulações tóxicas, ou por escoriações provocadas pelo contacto com o ferro, ou pela possibilidade de uma gravidez em curso.
Por outro lado:
O cinto de Castidade representava uma barreira contra a violação.
Uma barreira frágil, mas suficiente em determinadas ocasiões tais como épocas de aquartelamento de soldados na cidade ou durante permanências nocturnas em pousadas, normalmente em viagem.


Para quem utiliza-se o Cinto de Castidade era humilhação, era um ultraje ao corpo e ao espírito, resultava duma intolerável agressividade masculina que, nessa altura como hoje, em si mesma já era uma tortura e uma afronta à dignidade humana.







segunda-feira, 30 de março de 2009

Instrumento de tortura: Donzela de Ferro


Donzela de ferro ou Nuremberga

Sarcófago de duas portas, com pregos no interior. A vítima era introduzida dentro da caixa e as portas iam sendo fechadas lentamente, de modo a que o corpo fosse perfurado, mas evitando atingir órgãos vitais, para que a morte fosse lenta. Os pregos podiam ser desmontados e mudados, para que a executor pudesse escolher que órgãos mutilaria. O instrumento exposto data do século XV, foi destruído pelos bombardeamentos aliados em 1944, durante a Guerra Mundial, e reconstruído em 1982.

Instrumento de tortura: Cadeira Inquisidora




Cadeira Inquisidora (ou cardeira de interrogatório)
Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o encosto totalmente cobertos de pontas afiadas. Era um instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima, sempre nua, era colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser intensificado com sacudidelas e golpes nos braços e no tronco.Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de ferro (havia exemplares e madeira, nos quais apenas as pontas eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la a um braseiro até que se transformasse em brasa.


Curiosidade: A cadeira inquisidora tem 1600 pontos de madeira e 23 de ferro.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Feira Medieval na Praça 1º de Maio

Évora recebe uma feira medieval durante os próximos dias 21 e 22, entre as 9 e as 19 horas, que conta com trabalhos ao vivo feitos por um conjunto de artesãos, música da época, cortejo, animadores de rua, domadores de serpentes, torneios de luta de espadas, espectáculo com fogo, encenações cómicas e uma taberna, onde se venderá carne grelhada, água, vinho, chouriço assado e sopa.

A abertura da feira medieval no sábado é feita às 9 horas com demonstração dos ofícios, seguindo-se uma hora depois o cortejo pelas imediações com os participantes do evento. Os animadores de rua e os domadores de serpentes chegam pelas 11 horas com as suas artes e ao meio-dia haverá um torneio de luta de espadas e música ao vivo.

Pelas 14 horas volta a música ao vivo e a demonstração de serpentes, seguida dos animadores de rua e de novo torneio de espadas e música pelas 16 horas. Animadores de rua, música ao vivo e demonstração de serpentes estarão de novo em campo às 18 horas, seguindo-se um espectáculo de fogo pelas 19:30 horas.

No domingo, a feira prossegue a partir das 9 horas com a demonstração de ofícios, seguida da demonstração de serpentes e do torneio de luta de espadas, tudo acompanhado de música ao vivo.

Os animadores de rua chegam ao meio-dia e um novo cortejo pelas imediações terá lugar às 14 horas. Às 15: 30 horas, inicia-se o torneio de luta de espadas e a música ao vivo e uma hora depois voltam a actuar os animadores de rua e os domadores de serpentes.

A entrega de armas será feita pelas 18 horas e conta também com a música ao vivo, estando o encerramento da feira marcado para as 19 horas.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Guilhotina Romana


A cabeça da vitima não era cortada, mas antes destroçada por um maço e madeira (um martelo gigante), que quebrava o crânio e as vértebras. São Tiago, em 42 d.C. foi o primeiro apóstolo a ser morto com esta técnica.

Chicotes de Correntes



Estes instrumentos podiam ter entre duas e oito correntes com estrelas afiadas nas pontas. As cordas em ferro tinham por objectivo esfolar as vitimas e eram, geralmente embebidas numa solução de sal e enxofre para acelerar a tortura. A carne humana ia sendo extraída e reduzida a uma polpa, até ficarem expostos os pulmões, os rins, o fígado e os intestinos.



  • Curiosidade: Santa Severa foi punida com esta técnica.

Destroçador de Seios



Quatro pontas unidas em forma de tenaz podiam ser utilizadas frias ou quentes, servindo para içar as vitimas pelas nádegas, seios, ventre e cabeça. Também eram espetadas nos olhos e nas orelhas. As pinças serviam para destroçar e queimar o pénis. Estas torturas eram aplicadas a dissidentes que cometiam actos de violência e conspirações contra o Governo. O destroçador de seios podia ser utilizado, frio ou quente, em mulheres condenadas por heresia, blasfémia, adultério, actos libidinosos e aborto. Foi um instrumento utilizado até ao século XIX, em regiões da França e da Alemanha.





  • Curiosidade: Santa Ágata recusou-se a adjurar da religião cristã e a casar com um cônsul romano. Este mandou os seus soldados punirem-na com a remoção dos seios e depois assassinarem-na com brasas incandescentes.


Há três tipos de roda utilizadas para a tortura. A móvel, em que o condenado era amarrado, fazendo girar a roda num plano inclinado; a fixa, de grande diâmetro, onde os corpos estavam amarrados e eram girados pelo movimento da manivela, sendo lacerados assim que entravam em contacto com o tapete de pregos aguçados; e, por ultimo, a roda com pregos, em que as vítimas eram amarradas e a roda dentada girava e perfurava o corpo.



  • Curiosidade:EM 305 d. C., Santa Catarina de Alexandria recusou-se a adorar os deuses romanos e foi condenada à roda de pregos para que o corpo fosse totalmente despedaçado.


Ainda hoje é usado pelos serviços secretos turcos e israelitas e, até há pouco, era um dos favoritos da “secreta”de Saddam Hussein, no Iraque. Os palestinianos costumam chamar a esta técnica “o arco palestiniano”. Foi um dos métodos de tortura mais utilizados em Portugal na época da Inquisição. Consistia em colocar um braço atrás das costas e amarrar o pulso por uma corda. O corpo era depois içado e eram o pulso e o braço torcidos que suportavam todo o peso da vitima, durante horas. O pêndulo provocava muitas dores e causava danos irreversíveis nas articulações do braço, no ombro e nas costas.

Cavalo de Madeira



O condenado era deitado sobre a mesa e prendiam-lhe os pés e as mãos. A técnica consistia em esticar a vítima 30 centímetros além da sua altura. De inicio, o estiramento distorcia as articulações, a coluna, o tórax e o abdómen. Numa segunda fase, deslocava os joelhos e as ancas e, por ultimo, já à beira do colapso, deslocava as músculos, as fibras, os ombros e o pescoço. Esta tortura provocava dores terríveis e, horas depois, as funções vitais acabavam por sucumbir à dor.




  • Curiosidade: São Genésio foi espancado, suspenso no cavalo de madeira e queimado com ganchos, acabando por morrer decapitado. Antes de ser usado no Império Romano para torturar Cristãos, este instrumento era comum no Antigo Egipto e na Babilónia. Ainda hoje é uma técnica usada em alguns Países.

Instrumento de tortura: Estripamento



O abdómen da vítima era rasgado e, com uma corda, agarrava-se uma ponta dos intestinos. A tortura consistia em ir rodando a manivela, presa a um tambor, para que a corda puxasse lentamente os intestinos. O torturado ficava vivo e consciente durante todo o processo.
  • Curiosidade: São Plátano, que recusou a aceitar riqueza a troco de abandonar o cristianismo, foi preso com correntes, passou fome, mas conseguiu salvar-se. Posteriormente, foi condenado a ser assado em pez (uma substância semelhante ao alcatrão) fervente, mas não ardeu. Mais tarde, foi lançado à arena, mas os leões, em vez de o atacarem, lamberam-no. Foi atirado ao mar e salvou-se; foi pregado na cruz e sobreviveu. Só quando os carrascos o estriparam e o decapitaram é que São Plátano morreu.

Garras de Gato




Semelhantes a quatro dedos humanos, de ferro e aguçados nas pontas, eram montados num cabo e tinham por objectivo rasgar a carne humana e separá-la dos ossos. As garras perfuravam o abdómen, os braços, as pernas e os seios e o corpo era depois içado.
Curiosidades: São Vicente foi açoitado, torturado e condenado por não ter aceite adorar os deuses romanos. Ainda durante o Império Romano, mas anos após a execução, as garras começaram a ser aquecidas para facilitar o trabalho dor torturadores.



O instrumento colocava-se sobre as chamas, as vítimas eram colocadas uma a uma sobre a grelha e as brasas tocavam partes do corpo. Não estavam amarradas, mas também não conseguiam libertar-se da grelha, porque os executores espetavam-nas com lanças e espadas e empurravam-nas com bastões. As vítimas morriam lentamente.
Curiosidade: São Lourenço, que se dedicou a tratar dos cristãos, foi executado na grelha, em 258 d.C.
Durante séculos, a morte e a tortura foram pelo poder político e pela Igreja, que criaram instrumentos para punir todos os tipos de crime. Entretanto a maioria dos objectos eram pensados para causar o maior sofrimento e uma lenta agonia.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Inauguração do nosso Blog


Olá caros leitores! O nosso grupo, relativamente á área de projecto tem o enorme prazer em vos apresentar o tema do nosso projecto:

"ЅαηŁα Іηqüıѕıçăσ"